Quem sou?

Alguns de vocês já sabem e os que não sabem ficam a saber que eu tenho umas mudanças de humor muito estranhas e repentinas. Tanto passo de euforia para a apatia como pode acontecer o contrário. E isto pode ser despoletado pela mínima coisinha (Não, não é só quando tou com a TPM e não, não sou bipolar… acho eu!)

Por vezes dou por mim a fazer introspecções sobre as mais diversas coisas mas principalmente sobre mim e cheguei à conclusão que não me conheço. Sei do que gosto, sei o que quero (às vezes) mas não me conheço!

Será que alguém pode realmente dizer que se conhece?
Quando vezes não disseram que faziam isto mas depois fizeram aquilo?
Quantas vezes não disseram “Aquele/a? Nunca mais!!!” e depois afinal o tal nunca mais não durou o tempo que essa expressão pressupõe?
Quantas vezes não vos perguntaram “O que farias neste caso?” e a resposta que deram foi “Não sei… só mesmo estando na situação!”

Com as aventuras e desventuras que a vida nos proporciona parece-me impossível conhecermo-nos por completo porque não sabemos as reacções que teríamos se isto ou aquilo nos acontecesse… fazemos uma ideia, só!

Fazemos uma ideia daquilo que somos mas conhecermo-nos a sério, é possível?
Não ter duvidas é ter plena consciência daquilo que somos, queremos e gostamos?
E quando temos a maior certeza de algo e dizemos que por nada mudaremos de opinião e depois certas experiências de vida nos fazem ver que afinal a coisa não é assim tão linear e existem outras opções, caminhos, maneiras de agir?

Fico com a sensação que a vida é uma constante descoberta de nós próprios e mesmo quando chegarmos ao final ainda haverá muito mais por descobrir, conhecer, entender… por viver! Alterar, melhorar, aprender!

E os sentimentos?
Então e esses?

Eles que nos fazem ter dúvidas monumentais, os joelhos a tremer, borboletas na barriga e um sorriso estúpido nas beiças?
Sim, estou a falar dos sentimentos para com pessoas do sexo oposto ou do mesmo sexo (dependo da orientação sexual de cada um).

Nesse campo sou mais ou menos com diz o outro, o tal Omarion: “I’ve got a icebox where my heart used to be”, no entanto, de vez em quando (muito muito poucas), um ou outro malandro chega aqui com um isqueiro ou lá o que eles usam para derreter isto um bocadinho.

O tal de amor, a paixão, o gostar, o carinho!
Esses são grande parte dos culpados que nos fazem estar em constante descoberta. Novas sensações, novas reacções, novas emoções, novas dúvidas, novos lados que pensávamos que não tínhamos!

Acham possível gostar-se de duas pessoas? (Atenção, é gostar e não amar! Gostar é sentir, sorrir o “Adoro-te!”, só!)

Gostar-se de maneiras diferentes pois são pessoas diferentes mas afectarem-vos da mesma maneira? Provocarem-vos as mesmas sensações? Os mesmos pensamentos? As mesmas emoções?

Música: "Nunca me esqueci de ti" - Rui Veloso