O que uma pessoa aprende... Part I

Uma gaja aprende bastante quando vai sair com amigos homens (e que homens, diga-se!!!) que têm o mesmo gosto que nós, no que toca a opções sexuais!

Não sei explicar… talvez porque eles chamam as coisas pelos nomes e não têm medo para dizer o que pensam. Até porque, quem não tem medo de assumir o que se é numa sociedade tão retrógrada, obviamente que também não terá medo de dizer o que pensa sem papas na língua.

Se tiverem que nos criticar por alguma razão fazem-no, assim como nos elogiam se acharem que merecemos. Não se põem cá com paneleirices de pensar 5000.000.000 antes de nos dizerem o que pensam porque “ai ui não sei se ela vai reagir bem” ou “ai ui se calhar é melhor moderar, dizer de outra forma porque isto ou porque aquilo”. Isso sim, é tar com paneleirices!

É isso e o lidarem bem com o preconceito.

É como eu ir no meio da rua feliz da vida (quem sabe a cantarolar, aos saltinhos piquenos como no filme “Música no Coração”) e espalhar-me ao comprido (estão a visualizar o cenário?).

Pois bem, nessa situação eu seria a primeira personagem a desmanchar-me a rir (apesar de só querer um buraco para me enfiar) seguida das milhentas pessoas que estariam perdidas de riso depois daquele belo acontecimento (agora que me lembro… por volta do 6º ou 7º ano o meu “stôr” de Ed. Física pôs-me a alcunha de Miss Queda!!! Bonito, hein? É que sempre que íamos naquelas caminhadas por serras, saltar riachos, subir para qualquer cena agarrados a uma corda… não havia vez que eu não caísse… Vou ver se controlo estes apartes compridos… é como aquele sketch dos Gato: “A mulher dos apartes compridos”. Conhecem? Pronto pronto, já parei!)

Voltando ao que estava a dizer que era.. uhmmm, era (Este é o problema dos apartes compridos. Uma pessoa depois perde-se, começa a divagar e já não se lembra do assunto fulcral. Tenho mesmo que me deixar disto….)

Pronto, estava eu a passear na rua, feliz da vida a cantarolar, piquenos saltinhos, sorriso estúpido e cestinho na mão (vêm? Já adicionei mais descrições à história para que vocês, meus caros leitores, possam visualizar melhor a situação) e caía.

Era a 1ª a rir, como já disse. Seria como uma espécie de escudo (ou o simples facto de não dar muito importância à situação). Se as pessoas vissem que também me estava a rir, teriam menos vontade de rir da minha desgraça (ai portuga portuga) e mesmo que isso não resultasse, ou seja, se as pessoas continuassem com vontade de rir, olha, ao menos ria-mos todos juntos e era uma autêntica rambóia… uma coboiada!!!!

E tudo isto porquê?!?!

Porque quando íamos para a disco estávamos a falar dos preços que cobravam às mulheres e aos homens! Ao que se vira um e diz: “Isto é tudo muito engraçado!!! Passam a vida a chamar-nos de meninas e paneleiros mas para pagar já somos homens!!!! Oh pssst psssst! (fingia que tava a falar com o porteiro) já que é assim, quero um cartão de gaja sff!”

E como isto já vai longo e nem começou… volto amanhã!!!